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Dicas sobre História da África para o Enem

É importante ficar por dentro das formas de abordagem da História da África no Enem e das formas como as provas de ciências humanas são pensadas.

Publicado por Cláudio Fernandes
O estudo da História da África pode ser decisivo para um bom desempenho no Enem
O estudo da História da África pode ser decisivo para um bom desempenho no Enem

Como vai, pessoal? Tudo certo?! Aqui vai uma dica sobre a importância da História da África para se fazer as provas do Enem. Mas, antes disso, vamos compreender um pouco como funciona a composição das provas para a área de ciências humanas.

As provas do Enem são fundamentadas nas diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que organizam as disciplinas escolares em grandes áreas, com competências e habilidades específicas. Sendo assim, a disciplina de História está dentro da grande área intitulada “Ciências humanas e suas tecnologias”, na qual também se enquadram a Sociologia, a Filosofia e a Geografia. O Enem geralmente constrói as questões dessa área mesclando temas das disciplinas citadas. Mas, também, muitas questões trazem temas de disciplinas de outras grandes áreas, como aquelas da área intitulada “Ciências da Natureza e suas tecnologias”. Dessa forma, no Enem nunca há questões elaboradas de forma muito limitada a uma só disciplina. Então, é necessário ficar ligado na interdisciplinaridade, isto é: a relação entre temas das disciplinas de uma ou mais dessas grandes áreas.

Outro ponto importante para saber como funciona o Enem, e para compreender o porquê de a História da África ter tanto peso nas provas, é ter em vista que tipo de competências e de habilidades se espera da História. A História, assim como as outras disciplinas da área “Ciências Humanas e suas tecnologias”, pode desenvolver nos estudantes, segundo os PCNs, competências relacionadas à compreensão e interpretação dos problemas socioculturais e políticos, bem como da formação de instituições e de identidades nacionais, e também da memória coletiva e individual. Espera-se, também, que, com o estudo da História, o aluno possa desenvolver habilidades que o orientem no exercício da cidadania e na convivência social. O respeito mútuo, a conscientização democrática, a luta por direitos, a tolerância e compreensão das diferenças, seja de gênero, de cor ou raça, são alguns dos objetivos buscados pelo desenvolvimento dessas habilidades e competências.

Sabemos que fenômenos como o racismo, ou preconceitos de cor, ainda são corriqueiros nas mais diversas regiões do mundo. No caso específico do continente americano, esse fenômeno é majoritariamente direcionado contra as pessoas de pele negra, ou afrodescendentes. Nos Estados Unidos e no Brasil, que foram nações escravagistas no passado, esse tipo de preconceito é acentuado, ainda que de formas diferentes. O estudo da História da África, portanto, torna-se importante nesse contexto, pois pode estimular, por exemplo, a conscientização sobre o caráter criminoso e nocivo do racismo a partir do momento em que o estudante compreende melhor o processo histórico que se desenrolou no continente africano. Desse processo histórico, vários assuntos devem ser estudados com atenção para a prova do Enem. Os principais podem ser acessados nos seguintes links: África, As duas Áfricas, Descolonização da África, Início da colonização na África e Imperialismo na África.

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Na prova do Enem de 2013, uma das questões relacionadas à África foi a de número 18, que pode ser lida na página 6 do caderno l, de cor azul. Veja abaixo a questão, com a alternativa correta marcada na cor verde:

Questão do Enem de 2013 sobre a representação pejorativa feita pelo cinema a respeito da África
Questão do Enem de 2013 sobre a representação pejorativa feita pelo cinema a respeito da África

Você percebe que a questão aborda a representação pejorativa e reducionista que o cinema faz da África, seja em filmes convencionais ou animações (como o exemplo dado no texto: “O Rei Leão”, da Disney). O texto de Leibowitz, reproduzido na questão, torna evidente o quão prejudicial essa perspectiva sobre a África pode ser para alguém que não conhece bem o seu processo histórico; sobretudo por acentuar que a exploração de temas clichês, como “tribos doidas” e “rituais”, está relacionada com o sucesso de bilheteria desses filmes.

O trecho da questão que comenta o texto de Leibowitz já deixa clara uma das preocupações dos PCNs: a da “constituição de uma memória”, especificamente, uma “memória da África e seus habitantes”, neste caso, construída pelo cinema. Ao fim da questão, pede-se para apontar dois aspectos enfatizados e negligenciados pelo cinema, no que se refere à construção dessa memória sobre a África. Os temas clichês apontados pelo texto, já citados (“tribos doidas” e “rituais”), apontam para a alternativa “B”, pois o desconhecimento da história e das culturas africanas produzem uma imagem, ou uma memória, exótica e, muitas vezes, irreal do continente.

Outro ponto a se destacar com relação à importância de estudo da História da África é a relação entre a cultura africana e a formação do Brasil. Várias questões do Enem podem ser elaboradas a partir disso. Um dos temas que pode ser explorado é o da democracia racial, por envolver questões que interessam o Enem, como identidade, memória e conscientização política. No Brasil, desde 2003, o ensino de História da África é obrigatório. Isso torna evidente a preocupação com o conhecimento e compreensão da importância das culturas africanas com a formação do país.

Bons estudos!

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